Vida! Vida! É o que há... somente Vida!

            Momentos de dor e sofrimento ainda fazem parte da vida das pessoas em todo o mundo. Além das dores físicas, algumas situações podem nos fazer sofrer, como, por exemplo, uma fala mal-intencionada de alguém, gente estranha que se faz passar por íntima da nossa família, ou certas atitudes que ferem nossa Alma.

 

            Mas entre os desafios que enfrentamos ao longo da existência, um dos mais dolorosos é o momento em que um ente querido retorna ao Plano Espiritual.

            Quando um de nossos familiares ou um amigo próximo volta à Pátria de Origem de todos nós — uma vez que somos, essencialmente, seres espirituais (estamos corpo, mas somos Espírito) —, podem surgir alguns questionamentos e inquietações, tais como: Será que nunca mais verei essa pessoa a quem tanto amei e amo? Como lidar com a saudade que sinto agora e daqui para frente e, ainda assim, permanecer forte e confiante em Deus?

            No artigo Não há morte em nenhum ponto do Universo, o escritor José de Paiva Netto conforta seus leitores ao revelar:

 

            Quando meus pais faleceram, muito padeceu o meu coração. Contudo, prontamente comecei a entoar comovido diálogo com Deus, amenizando a saudade e lhes transmitindo uma oração de paz e de gratidão.

 

            “Logo senti que continuavam vivos, porque os mortos não morrem. E toda vez que se ora, a Alma respira, fertilizando a existência humana.

 

            “Entendo que fazer prece é essencial para desanuviar o horizonte do ser. O saudoso radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979) ensinava que Deus não nos criou para nos matar e que não há morte em nenhum ponto do Universo. E ele tem toda razão.”

 

            Já imaginou os Universos transformados numa bagunça, reinos de impunidade, só porque os seres humanos resolveram quebrar a harmonia da vida esculpida pelo Criador?

 

            Sabiamente escreveu o Apóstolo Paulo na sua epístola aos Gálatas, 6:7 – Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também terá de colher.

 

            “Minha solidariedade, portanto, aos que sofrem a aparente ausência de seus entes queridos. Mas tenham certeza de que realmente os mortos não morrem. Um dia, todos haveremos de nos reencontrar.”

 

            É como nesta alentadora mensagem do poeta português Teixeira de Pascoaes (1877-1952):

Tudo o que é natural

Não é um sofrimento.

A noite não é negra

E nem a morte é triste.

A noite é puro engano,

A morte não existe

E a dor é uma ilusão do nosso sentimento.’

 

            Assim sendo, não precisamos encarar o fenômeno da morte de um ente querido como um sofrimento. Há culturas pelo mundo que fazem festa por longos dias; afinal o espírito de uma pessoa querida voltou para o seio do Pai Celeste.

 

            Mas como lidar com o fim da convivência física com as pessoas que amamos? Lembrar fatos positivos, atitudes que realmente mereçam ser exaltados na postura de quem deixou a esfera física.

 

            O que costuma gerar em nós sentimento de perda e grande tristeza? É a fragilidade das nossas convicções a respeito da perenidade da vida. Sabemos que os mortos não morrem, mas não abrimos mão da presença física do ente querido junto a nós para sempre.

 

            Então, para fortalecer-nos, guardemos os ensinamentos eternos de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Amigo da Humanidade, que no seu Evangelho segundo Marcos12:27, disse: Ora, Deus não é de mortos, mas sim, Deus de vivos. Por não crerdes nisso, errais muito.

 

            Essa palavra do Cristo ajuda toda pessoa a vencer o sofrimento do corpo e da Alma. É Jesus confortando os discípulos (eu, você, toda gente) no seu Evangelho segundo João14:1 – Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

 

            Convido você a levar a sério o que o Divino Mestre nos ensina; é fator de vitória para quem aprende com Ele a viver e a conviver a Cultura de Paz.