Saber Perdoar. Quais os benefícios?

A importância do Perdão 

(2ª parte)

Émerson Damásio www.boavontade.com

            Ninguém se iluda quanto a realidade desta máxima: aprender a perdoar é fundamental para uma vida saudável, feliz.

 

            A Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, também conhecida como Religião do Amor Universal, me ensinou que quando não se perdoa, no coração são armazenados elementos venenosos, tipo ódios e mágoas, que corrompem os bons costumes, perturbando a Alma da pessoa que não consegue perdoar aos que lhe ofenderam, guardando ressentimentos que poderão feri-la por meses, anos, e até mesmo por vidas. 

 

            Esta, por sinal, é outra lição que toda gente deve guardar também e para sempre, uma vez que aprendi que a Vida começa na Espiritualidade Superior, passa pela condição humana-material, e à Espiritualidade retorna, refazendo esse ciclo reiteradamente, até que a criatura desenvolva sublimado senso de responsabilidade moral e se purifique integralmente diante do olhar percuciente de Nosso Deus Nosso Pai

 

            Nisto se entende que a morte é uma forma que o ser humano encontrou para dizer a si mesmo que ainda não progrediu o suficiente para entender da necessária invocação da presença do Deus Divino nos diversos ramos de atividade, mesmo nos escaninhos em que se acredita descompromissado com a própria consciência.

 

            O escritor José de Paiva Netto, diretor-presidente das Instituições da Boa Vontade, para deleite dos seus leitores constuma afirmar que o perdão liberta a quem perdoa, porque tira do coração os sentimentos mais nocivos que desestabilizam qualquer família, de modo que a desconfiança ceda lugar a confiança e a crítica destrutiva abra espaço para o diálogo franco e fraterno sobre os comportamentos que precisam ser melhorados. 

 

            Perdoar não quer dizer aceitar os erros dos ofensores sem qualquer iniciativa para correção –– as leis civis e os bons costumes existem para dirimir dúvidas e apascentar litígios ––, mas ter uma postura proativa de compreender que todos, indistintamente, mesmo buscando acertar, cometem equívocos, mas podem (e devem), com a ajuda da família e dos amigos corrigir-se. 

 

            Quem ainda não errou e foi perdoado por um ente querido, sentindo-se reanimado para a vida, pela nova chance de reparar sua falha? Na prece ecumênica do Pai-Nosso (Evangelho segundo Mateus, 6:12) Jesus  - o Divino Educador dos Povos apresenta a chave para que todos recebam o perdão do Pai Nosso Que Está Nos Céus“–– Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoarmos as dos nossos ofensores.   

 

            Em seu livro Diretrizes Espirituais da Religião de Deusvolume IIIo escritor Paiva Netto apresenta um capítulo inteiro sobre a família, o qual merece ser estudado por todos. Nele o autor apresenta essa reflexão: 

 

"–– A Família, um dos principais alvos do anti-cristo nos tempos de transição apocalíptica que vivemos, é o ninho sagrado que acolhe o Espírito reencarnante e prepara os caminhos de sua jornada terrena".

 

            Ora, sendo a família o primeiro alvo do anti-cristo (que deve ser entendido como tudo o que contraria a Lei de Deus e, portanto, a mensagem de Amor Solidário e de Justiça Divina exemplificada pelo Mestre e Senhor Jesus Cristo), precisa se fortalecer e se preparar para não ser atingida por esses inimigos sutis, que podem ser reconhecidos como discórdia, ódio, perturbação, medo, incompreensão, desânimo, os quais podem destruí-la. 

 

            Sendo também a família “o ninho sagrado” para o desenvolvimento de seus integrantes, elevados precisam ser os comportamentos de todos os que dela fazem parte, dentro e fora do ambiente doméstico, inspirando-se no maior exemplo de Amor que o mundo já viu, o do Cristo Ecumênico, capaz de doar-se por todos nós, entregando (e retomando) Sua sublimada experiência de Vida em favor da grande família humanidade (Evangelho segundo João, 10:17,18).  

 

            Com o perdão, a família se fortalece, visto que em todas ocorrem conflitos, porque não existe um só ser que não erre. Mas se houver a disposição para esse ato nobre de perdoar — que na Religião do Amor Universal é compreendido como "transferir a Deus o julgamento" —as famílias sobreviverão a todas as intempéries da vida e compreenderão, para a sua verdadeira união, o que Deus ensina por intermédio do Profeta Ezequiel, 33:11"–– (...) Não tenho júbilo na morte do pecador, mas antes que ele mude de conduta e viva! Mudai, mudai de conduta!

 

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