Acredito que um dos grandes desafios que enfrentamos neste Século XXI é saber quem somos, de onde viemos, o que fazemos neste mundo, por que das tribulações e das violências que protagonizamos ou somos vitimados, e para onde vamos, “se é que existe para onde ir depois da morte do corpo físico”, diriam os céticos.
São as mesmas questões colocadas por diferentes povos durante os milênios. As respostas sobre o sentido da vida já foram dadas ao longo dos tempos e das épocas pelos Luminares da Humanidade, mas ainda assim grande parte das populações da Terra insiste em não entender; é porque nelas não creem.
E dizem: Não existem respostas! Não se mostram dispostas a aceitar o fato de que o mundo não é propriedade dos homens, mais obra de Deus. Negam a Verdade (divina) e fogem da oportunidade que Deus lhes dá de libertarem-se do drama. Pena, “pois tendo ouvidos não ouvem, e vendo não querem ver”, diria o saudoso radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979) numa emocionada prece que elevou ao Pai Celestial em favor da Humanidade.
Dia virá em que “a criteriosa Ciência contemporânea também reconhecerá que a Vida é eterna, que o Mundo Espiritual não é uma abstração, tampouco uma simples projeção da mente, pois os mortos não morrem. Estamos corpo, mas somos Espírito, porque a Espiritualidade Ecumênica compreende a vivência do Ser nas Esferas Invisíveis, nas quais a Vida se estende perenemente, o Mundo Espiritual”, lembra o escritor Paiva Netto em seu livro É Urgente Reeducar!
Conhecer os mecanismos de funcionamento do Mundo da Verdade, reconhecer que a Vida é eterna, que “não há morte em nenhum ponto do Universo”, como afirmava o saudoso ativista social Alziro Zarur, transforma a vida das pessoas e das comunidades para muito melhor, implantando um sentido de Solidariedade e sustentabilidade, não apenas para a vida após a morte do corpo físico, mas também antes do desencarne do Espírito.
As palavras e exemplos de Jesus Cristo registradas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada são o centro de toda essa Verdade, foco irradiador de uma Cultura de Paz que aponta maneiras eficazes de gerar uma convivência fraterna e espiritualmente sadia entre os seres humanos da terra e do céu da terra. Eis a “Fórmula Urgentíssima” trazida pelo Cristo Ecumênico, em Seu Evangelho segundo Mateus, capítulo 3, versículo 33: "Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas". É o sinete de uma liberdade com responsabilidade.
Mas se a gente se acomoda – satisfazendo-se apenas em revidar o mal que recebe ou em “reivindicar direitos humanos, esquecendo-se de cumprir com maior arrojo e prontidão os deveres sociais, morais e espirituais” que a todos cabe como cidadã –, o que esperar da vida senão a violência invadindo lares e assombrando corações?
Como se comprova nessa matéria, compreender o Mundo Espiritual em seu aspecto flagrante, interativo e dinâmico, implica perceber também que existem Leis Espirituais que regem toda a Vida e todos os seres desse Universo, num equilíbrio sublime de misericórdia que, pela vontade soberana de Deus, alavanca o progresso moral e ampara a todos.
Essa percepção direta nos faz refletir sobre as consequências imediatas e eternas de nossas atitudes, pensando se contribuem para nossa evolução espiritual ou se estão relacionadas apenas aos anseios imediatos da matéria. Será que estamos investindo o nosso tempo, a nossa dedicação, os nossos talentos e sentimentos no objetivo certo? A escolha é de cada um.
“Quando o território não é defendido pelos bons, os maus fazem justa a vitória da injustiça”, lembro este pensamento do escritor Paiva Netto.
O tempo é o grande ministro de Deus. Vai curar todo mundo, quando assim permitir a cura de suas almas e de seus corações. Eis a luz que no fim do túnel foi identificada pelo nome Religião do Amor Universal, e a todos os crentes e descrentes guia ao esclarecimento pleno da salvação.