Corremos o risco de diplomar bandidos

           Aquele que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho de Deus se envergonhará dele, quando voltar na glória de seu Pai, com os Santos Anjos" (Marcos 8: 38; Lucas 9: 26).

 

           Esta afirmação é emblemática, reveladora, mostra bem a que veio o Fundador e Supremo Governante do Planeta Terra (João 1: 1 a 5, 10 a 14, 17 e 18).

 

           Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem i ou um til jamais se omitirá da lei Divina, até que tudo se cumpra" (Mateus 5. 17, 18).

 

           “Jesus Cristo é a pedra fundamental da educação planetária.

 

            A Bíblia Sagrada – quando estudada em espírito e verdade, à luz do Mandamento Novo do Mestre Amado – revela esta verdade. Quem tem juízo e quer viver uma cultura de Paz na Sociedade Solidária, Altruísta e Ecumênica, deve urgentemente estudar os Estatutos Divinos e trabalhar pela alfabetização espiritual das populações, completando-lhes com a alfabetização intelectual.

 

           Você, seja homem ou mulher, de qualquer condição e etnia, não deve jamais se envergonhar de reconhecer abertamente a Trindade do Bem (Deus, Jesus CristoEspírito Santo) como o poder que governa a sua vida, a vida da sua comunidade, do seu estado, do seu país e do mundo; única realidade a guiá-lo ao aperfeiçoamento espiritual, moral, mental e material na face da Terra. Esse caráter de Justiça e de Bondade é a alavanca da Educação Divina.

 

           É fato que a natureza humana é um conjunto de corpo, mente e espírito, sempre em busca de respostas às suas inclinações mais íntimas. E toda indagação está sendo respondida cotidianamente pela Trindade do Bem: Bendito o Senhor, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina" (Salmo 16: 7).

 

           No entanto, somente as pessoas que iluminam a inteligência para as funções harmônicas na sociedade estão aptas a ouvir e entender as intuições que as conduzem ao conhecimento pleno da Verdade (a de Deus), que as liberta das verdades humanas, geralmente deslavadas mentiras que para tanta angústia e tantos crimes tem arrastado civilizações inteiras desde que o primeiro bípede nasceu na Terra.

 

           A Educação quando firmada em Cristo Jesus tem influência direta sobre os interesses militares, civis, empresariais, religiosos, filosóficos, científicos, políticos, econômicos, artísticos, desportivos e sociais. Sim, é isso mesmo. Imagine quando esta influência espiritual estiver fundamentada nas Leis Morais que o Cristo de Deus trouxe a mais de dois mil anos. Leis apropriadas a Terra, mas que também regem toda a vida cósmica universal, exatamente isso. O que Jesus ensina nasceu de Deus, vale e aplica-se tanto aqui, quanto nas outras civilizações de outros Orbes que gravitam no Universo imenso.

 

           Eis porque a Educação Educação que vem diretamente do seio de Deus Pai Todo-Poderoso – até mesmo dos educadores, dos intelectuais, dos entendidos de toda sorte – é urgente, a fim de que todos entendam que não basta a pessoa simplesmente acumular conhecimentos se não aprender antes a domar o próprio coração a bem do seu próprio destino e do meio em que convive.

 

           Recomendo a você a leitura e análise do "Manual da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico", que a Editora Elevação disponibiliza pelo telefone: 0300 1007 940.

Ascensão de Cristo (Galeria Nacional d'Arte Antiga, Roma, Itália)

 

           Isso me faz lembrar interessante entrevista concedida em 1996 pelo escritor José de Paiva Netto – autor de vários best sellers no País – ao saudoso jornalista e colunista social Ibrahim Sued (1924-1995). Ele disse, entre outras coisas, que a educação, ou seja, o estudo e vivência das letras espirituais, deve ser expressa em todas as atividades do ser humano na Terra, deve ser preocupação fundada pela ética, pelo comportamento correto em harmonia com Leis Universais, eternas e imutáveis. Instruir sem educar com espiritualidade ecumênica oferece-nos o risco de se vir a diplomar bandidos.

 

           Adelaide Coutinho, em seu livro “Reflexões”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, também considera a Educação Divina alicerce para a paz entre os homens: Se não lapidarmos o coração, sobrevém, para nós, a tempestade. São os votos mal cumpridos, as promessas olvidadas, as tarefas no abandono, os compromissos relegados ao esquecimento e a ânsia doentia de colher sem plantar e auferir lucros sem esforços, na grande jornada da vida material, em que, juntos de nossos amigos e adversários, tanto poderíamos realizar em nosso próprio proveito. E ela tem razão. A Educação que vem diretamente do seio de Deus Pai Todo-Poderoso exige do ser humano transcender a mera competência, visto que muita gente tida como competente está levando o mundo a uma situação de calamidade.

 

           Já dizia alguém: Não me consta que nenhuma lavadeira tenha arquitetado armas letais para destruição em massa, ou que uma dona de casa fabrique ‘bombas cristãs’, que exterminam pessoas, mas deixam intactas as construções de pedra. De fato, se não educarmos todos os seres humanos com a espiritualidade ecumênica, corremos o risco de vir a diplomar bandidos.

 

           A Educação que vem diretamente do seio de Deus Pai Todo-Poderoso respeita o livre-arbítrio de cada um, constrói a criatura livre pelo Trabalho, pelo Amor, pela Verdade, e pela Justiça, consoante na Bíblia Sagrada o que Jesus singulariza no seu Evangelho segundo João, capítulo 13, versículos 34 e 35, e capítulo 15, versículos 7 a 17.

 

           Significa dizer "Jesus, o Mestre da Educação e do ensino, no ensino e na Educação, como Mestre". Ora, assim como a humanidade, para sobreviver, precisa do pão de trigo, necessita também do pão espiritual, que desceu do céu, o da liberdade verdadeira, o alimento da vida eterna, que sacia o desejo de saber e de aprender cada vez mais. E está acessível a todos aqueles que em Jesus crêem e Nele confiam (Evangelho de Jesus segundo João, capítulo 6, versículos 22 a 59).   

 

           É fundamental, pois, cultivar as faculdades do espírito eterno, verticalizando a Alma pela vivência, sem medo de ser feliz, do Novo Mandamento de Jesus, que nos ordena a exercitar o Amor incondicional como Ele sobejamente demonstrou. Somente assim adquiriremos o dom sublime dos bem-aventurados, revelados pelo Cristo no seu Sermão da Montanhacapítulo 5, versículos de 1 a 12, no seu Evangelho segundo Mateus.

 

           Sobre essa questão também citamos o saudoso radialista e ativista social Alziro Zarur (1914-1979): Temos que dar à juventude aquilo que Jesus Cristo daria se estivesse pessoalmente aqui. Estão aí os sinais dos tempos. Agora, mais do que nunca, se faz necessária a aplicação do Orai e Vigiai!. Ninguém tem segurança na face da Terra, porque muitos estão fora da faixa vibratória do Cristo de Deus. É necessário preparar as crianças com as Aulas de Moral Ecumênica (educadores que ensinam, na faixa etária de cada grupo, como aplicar no cotidiano as Leis Morais de Jesus). Os jovens devem estar preparados para o que vem lá, e já chegou, para os que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Alziro Zarur (1914-1979), radialista, escritor e ativista social.

 

           E Zarur esta certíssimo. Se não educarmos nosso sentimento na direção espiritual (que existe e é uma realidade indesmentível) – aliada a esfera intelectual, moral, da ética divina em que o centro gravitacional é o próprio Criador do Universo, o Deus Divino –, nos teremos condenado a um desenvolvimento incompleto ou ao extermínio perpetrado pela nossa própria ignorância, individual e coletivamente.

 

           A imensa tragédia do ser humano tem sido envergonhar-se de Deus, dizer: “Sim!” quando pensa: “Não!”, e esquecer Jesus, o Salvador da Humanidade, o Cabeça da Humanidade, a partir do qual nasce e se perpetua a verdadeira Educação. O dia a dia tem provado esta verdade, até pelos caminhos do laboratório.

 

           ausência de empenho na descoberta e aceitação pacífica de Jesus Cristo como o grande educador dos povos, e não somente dos chamados cristãos, tem sido o maior prejuízo para a formação moral das pessoas em todo o mundo. Daí explicar-se tanta violência, tanta malversação do patrimônio público, tanta aberração.

 

           Palavras de Aristóteles: Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade. O ser humano educado é aquele que detém a noção exata do que veio fazer neste mundo e quais os deveres espirituais que tem diante da nova oportunidade de vida material que recebeu na Terra.

Aristóteles, folósofo grego.

 

           A ausência desse conhecimento, da noção completa, da razão pela qual estamos neste mundo material transitório diante de nossa espiritualidade eterna, coloca-nos em franco perigo diante de nós mesmos e diante Daquele que nos deu a oportunidade de vivermos humanamente aqui na Terra, Deus. Sem educação nos tornamos desvirtuadores da consciência doada por Jesus Cristo, pois é dessa consciência individual, dessa bênção divina, que se forma o todo, nasce a família, sustenta a paz, multiplica a sabedoria, a força e a prosperidade geral.

 

           Foi o que disse o escritor José de Paiva Netto, na mensagem que dedicou aos participantes da 21ª Assembléia-Geral da Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Nações Unidas, em novembro do ano de 2002, em Viena, na Áustria: A perplexidade das populações desoladas diante da brutalidade crescente é a prova cabal de que o refinamento do cérebro, menosprezadas, porém, as claridades do coração bem instruído das grandezas espirituais, torna o Homem impotente para deter a marcha de um funesto sistema, por ele mesmo montado, que o arrasta ao abismo. E aí está a sua punição, se nada fizer para mudar o rumo dos fatos, para o que é necessário também que deixe de culpar o Deus Divino e Seus ensinamentos eternos pelos tropeços que dá.

 

           É certo, e os especialistas concordam, que para educar uma criança pequena ou um adolescente não existe uma receita fixa, específica, mas caminhos, que, se forem bem trilhados, poderão proporcionar uma convivência agradável no lar e no trato social. E um começo promissor está na qualidade do relacionamento familiar, porque os pais que participam do desenvolvimento dos filhos diminuem as barreiras de rejeição na terceira infância, que é a adolescência.

 

            De nada adianta o papai e a mamãe  alegarem falta de tempo para os seus filhos pelo excesso de trabalho e de compromissos sociais, e deixarem seus pequenos entregues à deseducação da mídia, da rua, dos “amigos”. Esse aumento de uma conduta ególatra dentro da família, embora vivam sob o mesmo teto, todos – pais e filhos – mantém e privilegiam atividades individuais, tornam-se criaturas ilhadas, enfraquecidas, inaptas e ineptas ao enfrentamento dos problemas que as afligem mesmo sob teto e quatro paredes.

 

            É fundamental que os pais mudem um pouco o sistema, desliguem a televisão, o rádio, o computador, deixem de lado o jornal e se ponham na condição sincera da conversa às refeições, antes do repouso, e estimular passeios em que a calma do ambiente em redor privilegie o diálogo franco e sincero entre pais e filhos.

 

            E é nesta fase em que o adolescente absorve os valores sociais e morais e os elabora em projetos que envolvem sua integração na sociedade, que ele está geralmente fragilizado pelos intensos processos conflituosos e persistentes esforços de auto-afirmação. O jovem, ainda em formação, considera-se uma figura atípica, anômala, deformada, infeliz e impõe-se barreiras que constantemente lhe causam irritação e insatisfação quanto à auto-imagem.

 

           Nesse período que vai da infância até aos 20 anos, aproximadamente, é importante a presença e a compreensão dos pais, pois eles são as figuras de referência a exercer papel fundamental nesta fase, sendo tomados como elementos de identificação e auto-afirmação.

 

            Mais que parentes próximos, os familiares promovem o aumento da capacidade de adaptação da criança e do adolescente diante das frustrações da realidade cotidiana. Aos pais cabe a responsabilidade de lembrá-los de que os filhos são amados, respeitados, capazes e inteligentes para superar os conflitos pelo esforço sincero e pessoal na obra do Bem, porque a família é o local onde todos devem se propor a aceitar os defeitos uns dos outros e contribuir para amenizá-los.

 

            E para tudo isso Jesus Cristo é o grande educador dos povos.

 

            Ele não veio inaugurar religiões dogmáticas; veio, sim, provar a todo ser humano que não são as razões humanas que fortalecem a consciência e garantem saúde, prosperidade, e paz social, mas as razões espirituais, que plasmadas nas virtudes da fraternidade, da solidariedade, do entendimento, da boa vontade de Deus, levam até ao fundo do esconderijo em que se enfurnou a inteligência obtusa do Ser contemporâneo, a potentíssima Luz da Educação Divina, o Conhecimento dos conhecimentos, sereno exemplo que Jesus Cristo sublima, divinizando a humanidade com a sua autoridade inconteste.