Thaís Afonso, jornalista / www.religiaodedeus.org
Em tempos em que tanto ouvimos falar sobre profecias, anúncios de grandes mudanças, em que assistimos a catástrofes ambientais e vemos perspectivas de destruição pelo mundo, somos também convocados a refletir sobre o papel daqueles que são os emissários dessas Revelações, aqueles que as anunciam com a antecedência de séculos e milênios: os Profetas.
Quem são eles? De que dons são dotados para receberem a Mensagem Divina e proclamar o destino da Humanidade? E como seria se todos nós pudéssemos fazer o mesmo em nossas vidas?
Dizia Cícero (106 – 43 a.C.): "Não há povo, por mais requintado e culto que seja, que não acredite no dom que certas pessoas têm de prever o futuro". No Velho Testamento, no livro de Amós, 3:7, encontramos a seguinte afirmação: "Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os Profetas".
Os profetas são dotados de capacidades mediúnicas ou paranormais e testemunham a Palavra que lhes é confiada sem se importar se serão mal julgados por seus semelhantes. O escritor José de Paiva Netto desmistifica o assunto esclarecendo que os Profetas não são pessoas "eleitas" de maneira arbitrária por Deus para receberem com exclusividade sua Revelação, mas que "Somos todos Profetas" –– título de livro do autor (segundo volume) que já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares.
Na obra, encontramos na página 100 um subtítulo semelhante. E quando ele diz que somos todos profetas, significa dizer, quando nos integramos nos ensinamentos celestes, também somos capazes de despertar em nós carismas espirituais, que se manifestam por meio da nossa intuição ou de nossas escolhas e atitudes.
O escritor afirma ainda que "Nós somos a Profecia" –– página 99 do seu livro "Somos todos profetas" –– e que isto acontece na medida em que nos reconhecemos como seus agentes e pacientes –– página 320 do livro "Jesus, o Profeta Divino" –– onde ele lembra, quando percebemos que nossas ações disparam certas reações e que, dessa forma, profetizamos um futuro melhor ou pior, para nós mesmos e para o mundo em que vivemos estamos igualmente profetizando.
Esclarece a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo –– o Amor Universal –– que tudo o que está profetizado foi antes escrito por nós mesmos, por meio do uso que fizemos (bom ou mau) de nosso livre-arbítrio, nesta ou em outras vidas. Portanto, somos nós quem construímos o nosso destino, por isso a importância de compreendermos que a decisão de edificá-lo no Bem está em nossas mãos. Nós podemos erigir o progresso do entendimento, da sabedoria que se compartilha, das tecnologias que servem para reduzir desigualdades, ou não. Daí a conclusão do educador Paiva Netto: "Todo dia é dia de renovar nosso destino".
Afinal as Profecias não são punições Divinas para a Humanidade. Elas representam o resultado da condução e das atitudes humanas. "Liberdade sem Fraternidade é condenação ao caos", escreve o autor no seu livro Jesus, o Profeta Divino, página 110. Somos nós quem permitimos, por meio de nossas obras, que o sofrimento e a dor sejam os mestres disciplinadores a conduzirem nossas existências.
Por exemplo: quando preferimos o consumo predatório à responsabilidade no uso dos recursos naturais, estamos gerando dores para nós mesmos, quando poderíamos (e podemos) fazer escolhas mais dignas do progresso espiritual, ético e tecnológico que conquistamos. Talvez justamente por isso, pelo reconhecimento do nosso atual comportamento ganancioso, tenhamos ainda tantas perspectivas ruins em torno do futuro da Terra.
Nossas consciências nos revelam o que as Profecias sempre disseram e que a Ciência hoje confirma: se continuarmos agindo da mesma forma — sem nos corrigir ou buscar viver de acordo com as Leis de solidariedade e justiça — continuaremos sem avistar, nem nos filmes de ficção científica, uma destinação feliz para o nosso planeta.
Mas nem tudo são dores. Há nos livros sagrados das mais diversas religiões e também nas conclusões dos profetas laicos, como são reconhecidos pela Religião do Amor Universal os cientistas que se dedicam a refletir solidariamente sobre o futuro da Terra, o recado de esperança e renovação que sobrevive e convoca à edificação de um mundo novo possível, firmado na fraternidade universal.
Todos nós podemos aprender com as Profecias, de forma a nos prepararmos para vivenciá-las e até mesmo para alterar nosso futuro anunciado. "Na verdade nada nos conforta mais do que a Profecia, ela é o nosso pão espiritual diário, pois nos alerta, prepara-nos para os fatos vindouros e nos anima à pertinácia, de forma a nunca nos afastarmos da ética divina" (Somos todos profetas, p. 42, editora Elevação).
Agentes e paciente
da Profecia
As impactantes previsões do Evangelho, do Apocalipse e das Cartas dos Apóstolos de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, estão sendo concretizadas pelos seus causadores: nós, os seres humanos, quando mal influenciados pelos habitantes do Umbral (regiões infernais próximas à crosta terrestre). Esses espíritos em atraso nos espreitam, ainda dispostos a serem pedra de tropeço no caminho dos que se querem elevar para Deus.
Mas isso só acontecerá quando a pessoa está predisposta a ceder às más intenções deles. Quem se entregou a Deus navega sob a segura Proteção Celeste ou ancorou o próprio coração no afetuoso seio Dele. Não há conforto maior, porque não se deixa mais levar por sugestões equivocadas.
Para isso existem o Evangelho e o Apocalipse, libertos do “véu da leta, que mata”, como escreveu Paulo, Apóstolo dos Gentios, na Segunda Epístola aos Coríntios, 3:6: – “A letra mata; o Espírito é que vivifica”.
Porém, por mais difícil que seja o percurso terrestre, sempre haverá luz ao término do túnel que nós nos fizemos obrigados a atravessar. É preciso, com toda a clareza, expor que somos os agentes da Profecia, e não apenas os seus pacientes ou vítimas.
No entanto a esperança não morre nunca. É o que acabamos discernindo na confortadora leitura de “O novo Céu e a nova Terra” (Apocalipse, 21: 4 a 6):
“Ap 21:4 – E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, e não haverá mais luto, e não haverá mais pranto, nem gritos, nem dor; porque as primeiras coisas passaram.
Ap 21:5 – Então Aquele que estava assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
Ap 21:6 – Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. E a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da Vida Eterna”.
Suplantar a dor
Aos que por desventura acreditem que não seja possível modificar esse status quo, de ver em tudo terrores, pavores, sofrimentos, desesperança, peço que não duvidem de suas póprias capacidades de superação como Seres Humanos e Espirituais, de superar o mal, tido hoje por alguns como invencível.
Somos todos seres humanos, portanto, recebemos do Senhor Deus, Pai Todo-Poderoso muito mais aptidão para sobrepujar problemas, por maiores que os julguemos.
Se as dificuldades são imensas, superiores serão os nossos talentos para suplantá-las. Se é árduo erigirmos a verdadeira Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, de modo a vivenciarmos esse “novo Céu e essa Nova Terra”, então comecemos ontem!
Vamos em oração,
falar com Deus
Convido os amigos internautas para, juntos, falarmos com Deus, entoando uma tocante prece de Francisco de Assis (1181-1226), patrono da Legião da Boa Vontade. Ele amava muito as criancinhas. Versão do radialista e poeta, o sempre lembrado Alziro Zarur (1914-1979):
"Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa Paz;
Onde haja ódio, consenti que eu semeie Amor;
Perdão, onde haja injúria;
Fé, onde haja dúvida;
Verdade, onde haja mentira;
Esperança, onde haja desespero;
Luz, onde haja treva;
União, onde haja discórdia;/
Alegria, onde haja tristeza.
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"Ó Divino Mestre!
Permiti que eu não procure
Tanto ser consolado quanto consolar;
Compreendido quanto compreender;
Amado quanto amar.
Porque é dando que recebemos;
Perdoando é que somos perdoados;
E morrendo é que nascemos para a Vida Eterna".
Para nossa reflexão final, este convite feito por Jesus, O Cristo Ecumênico, o Profeta Divino, sobre a necessidade de recebermos a mensagem de Deus de modo que ela seja a nossa própria razão para viver e existir:
"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abri-la para mim, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo" (Apocalipse, 3:20). E então “Conhecereis a Verdade [de Deus] e a Verdade [de Deus] vos libertará [dos sofismas humanos]” (João, 8:32).
Ainda quanto ao chamado "fim do mundo", segundo o Calendário Maia, em 21 de dezembro corrente, já lhes expliquei a questão nesta série de artigos que vimos apresentando em AideiaJC.com. Durmamos em paz, tranquilos, porque o nosso esforçado planeta Terra vai continuar. Aliás, quem pode acabar com este Orbe é a peraltice dos seus habitantes (Isaías, 24:5 e 6).
Aprofunde os seus conhecimentos sobre as Profecias Finais –– anúncio de um Mundo Novo para toda criatura que desde o princípio exemplifica no cotidiano os Mandamentos Divinos e, portanto, faz por merecer ingressar em tal inevitável e inafastável advento –– , adquira a coletânea O Apocalipse de Jesus para os simples de coração. Acesse o site: www.clubeculturadepaz.com.br, ou telefone para: 0300 1007 940 (custo de ligação local + impostos).
Bom estudo para você.
(continua)