Bibliotecas Comunitárias contra o analfabetismo funcional

liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais e só podem ser alcançados quando todos os cidadãos estiverem informados para exercerem seus direitos democráticos e para desempenhar em um papel ativo na sociedade. (Manifesto da UNESCO).

 

Ler é uma coisa,

entender o que foi lido é outra

 

           Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que o Brasil tem o grande desafio de combater o chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos, entre outras agravantes, constitui um problema silencioso e perverso que afeta o dia a dia nas empresas, que tem vagas, mas não encontra profissionais qualificados para preenchê-las.

 

           Neste cenário não estamos incluindo pessoas que nunca foram à escola, mas sim aquelas que sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, porém não conseguem compreender a palavra escrita, admitindo interpretações que nem sempre são as que a empresa espera que o empregado tenha. Maquina computadorizadas provocam calafrios e manuais de procedimentos são ignorados; mesmo aqueles que ensinam uma nova tarefa ou a operar um simples computador de mesa. No entanto, este perfil de profissionais prefere ouvir explicações da boca de colegas.

 

Analfabetismo funcional,

um desafio que exige solução.

 

           Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economicamente ativa. O resultado não é surpreendente, uma vez que apenas 20% da população brasileira possui escolaridade mínima obrigatória, ou seja, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Para 80% dos brasileiros, o Ensino Fundamental completo garante somente um nível básico de leitura e de escrita.

 

           No mundo todo há entre 800 e 900 milhões de analfabetos funcionais, ou seja, uma camada de pessoas com menos de quatro anos de escolarização; mas pode-se encontrar também neste meio, pessoas com formação universitária e exercendo funções-chave em empresas e instituições, tanto privadas quanto públicas. Entre suas características, não têm as habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculos para fazer frente às necessidades de profissionalização e tampouco, da vida sociocultural às necessidades de profissionalização e tampouco, da vida sociocultural.

 

           Muito se tem que fazer para reverter esse quadro, mas algumas iniciativas como a criação de bibliotecas comunitárias pelo país tem tido resultados significativos e atraído um público cada vez maior para o mundo da leitura. 

Seção Circulante - Biblioteca Mário de Andrade
 

Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicilio (PNAD)

 

           A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio – PNAD é uma pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em uma amostra de domicílios brasileiros que, por ter propósitos múltiplos, investiga diversas características econômicas da sociedade, como população, educação, trabalho, rendimento, habitação, previdência social, migração, fecundidade, nupcialidade, saúde, nutrição, entre outros temas que são incluídos na pesquisa, de acordo com as necessidades de informação para o Brasil.

 

            A pesquisa é feita em todas as regiões do país, incluindo as áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, que eram excluídas até recentemente.

 

Evolução cultural

 

           Sociocultural é um termo aplicado às teorias de evolução cultural e evolução social, descrevendo como culturas e sociedades se desenvolveram através do tempo. Embora tais teorias tipicamente forneçam modelos para a compreensão do relacionamento entre tecnologias, estrutura social, valores da sociedade, e como e porquê eles mudam com o tempo, que pode diferir quanto a descrição dos mecanismos específicos de variação e mudança social.