*profa. Maria Sueli Periotto,
pedagoga da Associação Educacional Boa Vontade (AEBV)
Os bons resultados da linha pedagógica aplicada pela Associação Educacional Boa Vontade (AEBV) –– braço institucional da Legião da Boa Vontade (LBV) para a educação e a cultura com espiritualidade ecumênica –– criação do educador José de Paiva Netto, aplicada nas escolas, lares e atividades socioassistenciais da Instituição, crescem há 64 anos no Brasil com a saudável prática solidária de compartilhar as experiências positivas com outras instituições de ensino.
Tem chamado a atenção de educadores a motivação identificada nos estudantes da AEBV, que, nessa educação diferenciada, direcionam a busca do conhecimento sempre com “uma visão além do intelecto”, conforme define o dirigente da Instituição.
É assim que, no dia a dia, a intelectualidade recebe o necessário toque da Espiritualidade Ecumênica, sempre aliada à excelência pedagógica, no enriquecimento da formação integral (cérebro e coração) do educando, como também defende o propositor da linha educacional da AEBV. Para ele, apenas desenvolver o raciocínio pode propiciar o desenvolvimento de mentes brilhantes que, no entanto, podem correr o risco de suprimir o sentimento de Solidariedade.
A metodologia própria da AEBV — o Maprei (Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva) — atende aos anseios de quem educa, pois envolve o educando em pesquisas e atividades que o motivam a frequentar a escola, sem evadir-se.
Na Associação Educacional Boa Vontade (AEBV) –– braço institucional da Legião da Boa Vontade (LBV) para a educação e a cultura com espiritualidade ecumênica ––, isso acontece. Não há evasão escolar. Exatamente porque o Maprei propõe o protagonismo do estudante, com a mediação do professor, motivando-o a estudar e mostrar seu valor.
O aspecto da racionalidade é aliado ao fator intuitivo, o que amplia (e muito) o conceito total dos temas a serem trabalhados — uma vez que o aluno sente-se partícipe do próprio processo de aprendizagem, e o educador não se assume no papel de quem domina o saber.
Ocorre, sim, uma parceria, e nela a criança e o jovem têm seu espaço, sem deixar de identificar no professor o orientador e o responsável em conduzir todas as ações que abrilhantem o conteúdo que eles precisam receber, de acordo com suas faixas etárias.
A AEBV traz alargadas perspectivas de continuidade acadêmica para a vida de meninos e meninas, que, mesmo ao enfrentar diversas situações de vulnerabilidade, não são mensurados intelectualmente pelas lentes de momentâneas condições socioeconômicas: revelam suas reais habilidades e competências ao serem incentivados a buscar o seu potencial dentro — a bagagem espiritual, que é a soma do nosso real conhecimento, tudo o que vai além da bagagem cultural.
No seu livro É Urgente Reeducar!, Paiva Netto afirma que “(...) é essencial enxergar além do intelecto. A mente sem o sentimento é forma castradora de pensar”.
Sim, precisamos, cada vez mais, incentivar o desenvolvimento do pensar, com o imprescindível cuidado de direcioná-lo a solidárias ações práticas, que nasçam do indispensável respeito ao outro e reforcem essa conduta. E não há local mais propício para tal exercício do que a sala de aula.
Eis o papel da Pedagogia do Afeto, direcionada às crianças até os 10 anos de idade, por reconhecer que os primeiros anos da existência sedimentam todo o aspecto emocional que carregamos vida afora, uma vez que estamos lidando com o que está subjetivo, mas existe e está presente na bagagem espiritual que todos possuímos (mesmo na mais tenra idade).
E daí, na continuidade da linha pedagógica, a AEBV indica a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, dirigida aos que têm 11 anos em diante, para nortear as ações necessárias ao desenvolvimento solidário de pré-adolescentes, adolescentes, adultos e idosos, tendo em vista que somos eternos aprendizes, avançando diuturnamente na escala da nossa evolução espiritual.
aspectos gerais do Instituto de Educação da AEBV na Capital Paulista.
Ao estabelecer como bandeira de sua pedagogia o Novo Mandamento do Educador Celeste — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho de Jesus Cristo segundo João, 13:34 e 35) — o dirigente da AEBV nos convida a observar, como bons educandos diante do universo do conhecimento, o modelo de conduta que o Divino Mestre nos legou.
Ele que se perpetuou, de forma marcante, também, como o maior Pedagogo que já passou pela Terra, ao abordar as mais diversificadas temáticas por meio de parábolas, estimulando cada um de Seus ouvintes e seguidores a estender o sentimento de religiosidade aos mais diversificados segmentos da sociedade.
A Educação com Espiritualidade Ecumênica é, portanto, o diferencial do ensino nas escolas da Associação Educacional da Boa Vontade, que tem sido, inclusive, compartilhado com as instituições de ensino que a procuram em busca dessa prática pedagógica de excelência, que reflete beneficamente no alargar do conhecimento intelectual orientado pelos valores éticos, ecumênicos e espirituais.
.................................................................................................................................................................
*é conferencista, pedagoga pós-graduada em Gestão Escolar e Metodologia das Ciências Humanas, mestranda em Educação: currículo (PUC–SP) e apresentadora do programa Educação em Debate, da Rádio Boa Vontade-AM 1230 de São Paulo, e Rádio Brasil-AM 940 do Rio de Janeiro.