A morte NÃO É o fim

08/11/2013 19:21

            *A Vida continua sempre, e lutar por ela vale a pena.

            De vez em quando, surge alguém a falar sobre o suicídio, como se ele fosse uma glória, a do desaparecimento das dores e das perturbações da vida.

            No entanto, isso é um grande engano, no qual ninguém deve precipitar-se, porquanto todo aquele que procurar no fim da existência humana o esquecimento de tudo encontrará o supremo despertar da inteligência flagrada em delito, porque, buscando o fim, achará vida e suas cobranças a respeito do que o suicida terá feito com ela.

            A morte não é o término da existência humana. Como dizia o sempre lembrado radialista, jornalista, poeta e ativista social Alziro Abrahão Elias David Zarur (1914-1979), ela não existe em nenhum ponto do Universo.

            Realmente, porque nem o cadáver está morto. Ao desfazer-se, libera bilhões de formas minúsculas que vão gerar outras maneiras de existir.

            Você não acredita? Tem todo o direito. Mas se for verídico?! Premie-se, minha amiga, meu amigo, com o direito à dúvida, base do discurso científico, que, na perquirição incessante, continua rasgando estradas novas para a Humanidade.

            Pense no fato de que, se o que afirmamos aqui for realidade, você encontrar-se-á, após um pseudoato libertário (o suicídio), terrivelmente agrilhoado (ou agrilhoada). Achar-se-á em uma situação para a qual, de jeito algum, estava preparado, ou preparada. Para quem apelar se, de início, afastou de si todos os entes queridos e alegrias que teimava em não ver?! Naquele momento, tardiamente, gostaria de voltar a enxergá-los. E, somente à custa de muitas orações, que Você, talvez, jamais, ou raras vezes, tenha proferido na Terra, perceberá, num gesto de humildade, uma luz que se lhe acendam nas trevas. Apenas desse modo poderá reencetar, depois de muitas dores, cobradas por seu próprio Espírito, uma caminhada que se terá tornado mais áspera.

            Como dizia Zarur, o suicídio não resolve as angústias de ninguém; portanto, nem as suas.

            Guarda na memória esta verdade, a Vida continua sempre, e lutar por ela vale a pena. Por pior que seja a escuridão da noite, o Sol nascerá, trazendo claridade aos corações. Ainda mais, se passarmos os olhos pelo redor do nosso dia a dia, veremos que existem aqueles, seres humanos e até mesmo animais, em situação mais dolorosa, precisando que lhes seja estendida mão amiga. Não devemos perder a oportunidade de ajudar. Aquela pessoa que auxilia não faltará nunca o amparo bendito que lhe possa curar as feridas.Viver é melhor.
 

Não há morte em nenhum ponto

do Universo, não há.


            Fui buscar no meu livro "Diretrizes Espirituais da Religião de Deus", volume I (são três volumes publicados pela Editora Elevação), o seguinte trecho, por bem apropriado: O dois de Novembro, por exemplo, é o chamado dia dos mortos. Certa feita, um repórter perguntou-me se costumava orar pelos que se foram. Respondi-lhe: Naturalmente. Sentimos saudade daqueles que nos antecederam no caminho da grande Pátria Espiritual, o Mundo da Verdade.

            Defendo que toda pessoa deva lembrar dos seus parentes e amigos com muito carinho. Compreende-se a saudade, é natural, mas não convém alimentar tristeza, porque isso perturba o Espírito da pessoa que você ama. Os finados estão mais vivos do que nunca. Nada morre. Basta ver que o cadáver, que vestiu o Espírito, também se transforma em vida. A morte é um boato.

buscai a jesus

            Zarur ensinava também que não há morte em nenhum ponto do Universo. Deus não é morte. É Vida. E Vida Eterna. O próprio Jesus Cristo revelou aos Seus discípulos que o Pai Celestial universalmente governa seres imortais. E arrematou: Por não acreditardes nesta realidade, viveis equivocadamente.

            Aqueles que amamos não morrem jamais, mesmo já se encontrando no Mundo Espiritual. Muitos permanecem ao nosso lado, ajudando-nos; outros podem estar precisando de nossas preces. Oremos por eles, para que, quando chegue a nossa vez, alguém ore por nós, e agradeçamos a Deus por ser Deus de vivos. Os mortos não morrem.

            Blaise Pascal (1623-1662), que foi um físico, matemático, filósofo e teólogo franceês, já definira: A imortalidade da Alma tem para o homem tamanha importância, interessa-lhe tão profundamente, que é preciso ter perdido toda a sensibilidade para ser-se indiferente ao seu conhecimento.

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*José de Paiva Netto é jornalista, radialista, escritor e diretor-presidente das Instituições da Boa Vontade.